Shalom!
Bem pessoal, acho que as coisas aqui por esse blog têm me parecido um bocado cinzentas. As discussões parecem gerar algum calor e pouca luz - e isso tem sido uma constante nos debates acerca das Relações Públicas.
Participei do Encontro Regional dos Estudantes de Relações Públicas. Não posso dizer muita coisa sobre os grupos de discussão, pois não participei de nenhum. Mas posso falar muito bem da iniciativa, algo louvável, de estudantes para estudantes.
Me chamou a atenção uma frase de Viviane Nebó, do instituto Pólis - www.polis.org.br - não me lembro bem em qual circunstância, mas a frase foi algo parecido com "não vim aqui pra saber da história de sucesso de algum profissional, vim aqui falar de Relações Públicas".
Achei genial.
A maioria dos eventos que temos acerca da profissão não passam de benchmarking para a galera. Tá, é necessário trocar figurinhas e tudo mais, porém as coisas estão cada vez mais "mercado, mercado, mercado" e esquecemos de nos aprofundar nas mudanças da profissão.
Ninguém se pergunta a razão de tal case de tal agência ter funcionado. Estamos mais preocupados em saber como isso vai afetar o mercado, ou pior, em como podemos copiar esse sucesso para o nosso cotidiano. Não sei vocês, mas acho isso sofrível.
Então, muito se fala - e esse blog está mais para três falastrões do que para agitadores inquietos das Relações Públicas - e pouco se vê. Vocês devem estar se perguntando "ver o quê?". Eu diria extensão, caros colegas.
Se o tripé unespiano preza pesquisa, comunidade e extensão, o curso de RP da UNESP de Bauru tem deixado a desejar no último quesito. Porém, o buraco é um bocado mais embaixo. Qual curso de RP tem se importado com a extensão em larga escala? Eu não sei de muitos, aliás, eu não sei de muitos cursos de RP além dos já famigerados espalhados pelo eixo USP-UNESP-Metodista.
Onde está a produção da Cásper? Onde está a produção da UEL? Onde está a produção do curso de RP?
Não digo sobre o academicismo da coisa, mas sim da forma como as faculdades aliam a teoria e a prática da coisa. A crise de identidade do RP começa já na faculdade, onde estamos mais preocupados em conseguir um estágio de "renome" do que em pensar as bases do curso ou trocar idéias com os outros estudantes de RP.
Alguns irão reclamar da falta de apoio da universidade e coisas recorrentes como tal. Eu reclamo da falta de iniciativa dos estudantes para discutir a profissão. RP, como conhecemos curso, exite desde 1968 e, nesse tempo todo, o primeiro encontro de estudantes foi realizado só em 2007?
Foi.
Dizem que temos problemas de foco na hora de dizer o quê um RP faz. Para mim temos problema de identificação com a profissão e isso vêm de muitos fatores, mas, principalmente de dois já citados: a falta de preocupação com projetos de extensão acadêmica e a falta de intercâmbio entre estudantes do curso.
Se, ao invés de nos preocuparmos em dizer o quê faz, ou não, um RP com textos e camisetas, houvesse uma preocupação dos alunos em internalizar a dialética da profissão, estaríamos pautando o mercado e não o contrário, como acontece há tempos e como vai acontecer quando eu me formar e quando os netos de vocês se formarem - eu garanto que nenhum de vocês vai querer o filho RP, certo?
Aliás, porquê ninguém diz que quer ser RP quando crescer?
Acho que o dia está cinza demais, acho que a minha vida profissional vai pelo mesmo caminho e acho que vocês, leitores, poderiam jogar uma luz nessa nossa loucura semanal, do contrário haverá sempre mais calor do que luz, como nas festinhas que estamos malfadados à organizar.
Vamos fazer um pouco mais. Que venham mais ERERP's, que venham outros casos de conteste, que os estudantes se unam e não façam chacota dos seus amigos "jornaleros e agitadores de greve", mas procurem entender a raíz do problema.
Imagem é muita coisa, mas não é tudo. O quê uma organização/instituição/casa-da-sopa/o-escambau é, é o quê importa e é aí que entramos, na construção da identidade, na construção daquilo que irá virar imagem.
Precisamos construir mais e não só escrever mais.
Vai ver é pessimismo, vai ver sou eu, vai ver não é você, vai ver você tem que ler o post inteiro de novo... Vai ver é só cinza - em todos os sentidos.
domingo, 30 de setembro de 2007
sábado, 29 de setembro de 2007
PRA QUÊ? PRA QUÊ? PRA QUÊ?
Isso mesmo, três vezes pra quê.
Hoje talvez me pegue pensando, não saudei os leitores do meu blog. Deveria tê-lo feito? Não sei. O quê ganho com isso? É estranho pensar em algo em troca? Não, não é. Venho aqui agora em nome da influência, interesse e marketing estratégico.
Marketing Político. Esse é o nome. Publicitários, RPs, Jornalistas, "fuçados"e outros profissionais, ou não, desempenham esse papel na política. E nas eleições, a copa do mundo dos marketeiros, eles ganham fama e visibilidade.
Os marketeiros colocam lobos em pele de cordeiros, mas podem também fazer o inverso com a mesma eficiência ou ineficiência. Pense no lula metalúrgico com a aquela barbona e uma camiseta vermelha, agora pense como você o viu na última eleição. Imagem pode ser tudo. Conceito também.
"Estupra, mas não mata", Paulo Maluf. Só mesmo um Duda mendonça pra reverter essa. Colocando Maluf retificando o contexto da frase enquanto a câmera recua e mostra que todas as mulheres da sua família estão a sua volta.
O marketing político é também um jogo de interesse. Beija uma criança aqui, muda altura do ângulo dessa foto e dá superioridade ali. Assim caminha o marketing político. Buscando a confiança, a fidelidade, a simpatia do eleitor ou do futuro eleitor. O marketing político age para o mal e para o bem, com ética ou sem ela. E você, como Relações Públicas, em que time quer jogar quando a Copa começar.
Deixo meu protesto de elevada estima e consideração aos meu leitores.
Fui.
Hoje talvez me pegue pensando, não saudei os leitores do meu blog. Deveria tê-lo feito? Não sei. O quê ganho com isso? É estranho pensar em algo em troca? Não, não é. Venho aqui agora em nome da influência, interesse e marketing estratégico.
Marketing Político. Esse é o nome. Publicitários, RPs, Jornalistas, "fuçados"e outros profissionais, ou não, desempenham esse papel na política. E nas eleições, a copa do mundo dos marketeiros, eles ganham fama e visibilidade.
Os marketeiros colocam lobos em pele de cordeiros, mas podem também fazer o inverso com a mesma eficiência ou ineficiência. Pense no lula metalúrgico com a aquela barbona e uma camiseta vermelha, agora pense como você o viu na última eleição. Imagem pode ser tudo. Conceito também.
"Estupra, mas não mata", Paulo Maluf. Só mesmo um Duda mendonça pra reverter essa. Colocando Maluf retificando o contexto da frase enquanto a câmera recua e mostra que todas as mulheres da sua família estão a sua volta.
O marketing político é também um jogo de interesse. Beija uma criança aqui, muda altura do ângulo dessa foto e dá superioridade ali. Assim caminha o marketing político. Buscando a confiança, a fidelidade, a simpatia do eleitor ou do futuro eleitor. O marketing político age para o mal e para o bem, com ética ou sem ela. E você, como Relações Públicas, em que time quer jogar quando a Copa começar.
Deixo meu protesto de elevada estima e consideração aos meu leitores.
Fui.
domingo, 23 de setembro de 2007
Chamem o Chapolin Colorado
Salve, salve companheiros do blog RP Pra Quê e demais curiosos das Relações Públicas.
Sinto-me no divã nesta minha primeira postagem, afinal o tema que pretendo tratar é desde sempre minha maior inquietação, preocupação, dúvida, perturbação, confusão, aflição e agonia sobre as Relações Públicas. Deu pra perceber que não será muito fácil responder meu questionamento, não é mesmo?
Ai vai minha interrogação: tãnãnãnã !!
Primeiramente, observe o trecho abaixo retirado do site Labor.com.
“(O Relações Públicas) Deve diagnosticar, planejar e orientar para que as tarefas sejam desenvolvidas de acordo com a filosofia institucional do programa e de seus objetivos estratégicos para a construção da imagem positiva da organização”.
Fonte: www.grupolabor.com/rpnot05.asp
“(O Relações Públicas) Deve diagnosticar, planejar e orientar para que as tarefas sejam desenvolvidas de acordo com a filosofia institucional do programa e de seus objetivos estratégicos para a construção da imagem positiva da organização”.
Fonte: www.grupolabor.com/rpnot05.asp
Imagem positiva não é mesmo? Muito bem! Imagem é tudo nos dias atuais, não é verdade?
Sendo assim, como um profissional que zela pelo bom conceito, pela boa imagem de uma instituição pode permitir que sua profissão seja tão distorcida, tão estereotipada, tão ausente de expressão no universo da comunicação, sobretudo na corporativa?
Oh dúvida cruel ! A contradição neste caso é clara e preocupante.
Creio com toda segurança do mundo que as Relações Públicas estão precisando visitar urgentemente uma consultoria de Relações Públicas.
E é justamente nessa contradição, nesse erro que a profissão e os profissionais de RP perdem espaço. É importantíssimo que esta nova geração de relações públicas pare de buscar os culpados pela contradição e que de fato reajam diante da sociedade de modo positivo, informando e comprovando por intermédio de resultados sólidos e sustentáveis como as Relações Públicas podem contribuir para a confecção de uma comunicação estratégica.
É isso.
Hasta la vista, Baby!
É isso.
Hasta la vista, Baby!
Bad Bassiti
sexta-feira, 21 de setembro de 2007
Whatahell PRA QUÊ?
Definir as Relações Públicas ou um Relações Públicas pode não ser uma tarefa das mais fáceis. Pense rápido e comigo: o que é um RP faz? Festinhas, eventos, boletim interno, jornalzinho, mural e festas de final de ano? Meu Deus, começamos mal, mas faça o teste, saia na rua e faça a mesma pergunta as pessoas, infelizmente a maioria das respostas se aproximarão muito desses termos. O papel do RP vai além de termos estereotipados e preconceituosos.
Saudemos então a internet e sua tecnologia da encilopédia colaborativa e do conhecimento repartido.
"O relações-públicas planeja, executa e avalia as políticas de relacionamento da instituição, de maneira ética e estratégica, com todos os segmentos sociais, dando suporte para que ela se adapte num ambiente de constante transformação. Em resumo é um profissional que trabalha com Comunicação Estratégica e Mediada." fonte: WIKIPEDIA
Muito bonito e bem genérico. Destrinchemos agora o grosso e vamos à luta. Em defesa do direito ao planejamento estratégico, ao lobby, às pesquisas de opinião, ao marketing político, aos eventos, isso mesmo eu disse eventos, que eles sejam corporativos e estratégicos, que fujam à mesmice dos promoters de plantão. Direito sempre à gestão de crises, direito às assessorias de imprensa, de marketing, de comunicação e pessoal, direito a comunicação integrada, interna, externa, mista, estratégica, direcionada e mediada. Direito às Relações Públicas.
Help! Qual foi mesmo a primeira frase? Não é fácil mesmo. Fica aqui então o meu recado e pedido: Bisnaga, Bassiti, aventureiros de wiki, leitores e críticos de blogs de RP...venham para o mundo de Relações Públicas e mostre a sua visão.
Salut à bientôt!
segunda-feira, 10 de setembro de 2007
Bienvienidos Pra Quê?
Shalom!
Você sabe o que é Relações Públicas? Você sabe por que prestou Relações Públicas? Você sabe por que as relações são públicas - ou entre públicos?
Nós não sabemos a maioria dessas respostas, porém, temos noção do que fazer para apimentarmos as discussões que já envolvem esses assuntos.
Relações Públicas já é, por si só, um tema polêmico.
Qual a razão de perdermos espaço para outros profissionais da comunicação? Existe um limite claro entre Relações Públicas e outras profissões como Marketing e Publicidade? Qual o motivo da falta de consciência coletiva dos estudantes acerca da categoria e do curso? Qual a razão do desconhecimento da sociedade sobre a profissão? Por que atuamos atrás de nomes como gerente de comunicação, supervisor de marketing, gestor de ações institucionais em vez de Relações Públicas?
RP Pra Quê é um blog gerido - pra não perder o termo 'gestor da comunicação' - por três apaixonados pela profissão.
Somos:
Ronaldo Bisnaga, um assessor de comunicação com tendências à micropolítica - dá-lhe Porto Simões! - e responsabilidade social, Dyone Caixote, um relações públicas fã de comunicação integrada e aspirante à marketeiro político - salve, Duda Mendonça! - e Bad Bassiti, um andarilho com passagens pelos mais diversos cantos do mundo, sempre levando qualquer mensagem de otimismo aos corações mais desesperados e gerindo as crises e fazendo lobbys.
Só pra sacanear, alguém se habilita a responder o que faz um RP?
Enjoy your meal, pal!
Você sabe o que é Relações Públicas? Você sabe por que prestou Relações Públicas? Você sabe por que as relações são públicas - ou entre públicos?
Nós não sabemos a maioria dessas respostas, porém, temos noção do que fazer para apimentarmos as discussões que já envolvem esses assuntos.
Relações Públicas já é, por si só, um tema polêmico.
Qual a razão de perdermos espaço para outros profissionais da comunicação? Existe um limite claro entre Relações Públicas e outras profissões como Marketing e Publicidade? Qual o motivo da falta de consciência coletiva dos estudantes acerca da categoria e do curso? Qual a razão do desconhecimento da sociedade sobre a profissão? Por que atuamos atrás de nomes como gerente de comunicação, supervisor de marketing, gestor de ações institucionais em vez de Relações Públicas?
RP Pra Quê é um blog gerido - pra não perder o termo 'gestor da comunicação' - por três apaixonados pela profissão.
Somos:
Ronaldo Bisnaga, um assessor de comunicação com tendências à micropolítica - dá-lhe Porto Simões! - e responsabilidade social, Dyone Caixote, um relações públicas fã de comunicação integrada e aspirante à marketeiro político - salve, Duda Mendonça! - e Bad Bassiti, um andarilho com passagens pelos mais diversos cantos do mundo, sempre levando qualquer mensagem de otimismo aos corações mais desesperados e gerindo as crises e fazendo lobbys.
Só pra sacanear, alguém se habilita a responder o que faz um RP?
Enjoy your meal, pal!
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